sábado, 18 de setembro de 2010

Paraty mudou o tempo

Quinta-feira foi um dia cheio. Intenso, que começou com os fotojornlalistas Anderson Schneider e André Vieira.

Fui lá pelas imagens do Anderson Schneider que ele fez na Amazônia. Um PB muito interessante de umas corridas na lama, e o cara só foi premiado duas vezes pela National Press Photographers association dos EUA e finalista do prêmio W. Eugene Smith 3 vezes. Pra quem quiser ver mais: http://www.andersonschneider.com/.

E o André foi uma descoberta ali mesmo com umas fotos documentais da Amazônia também, de favelas no Rio e da África. O cara é super interessado em urbanismo e questiona bastante as metrópolis nas suas fotos. Como ele disse, o futuro das cidades é se tornarem magalópolis desordenadas como é Luanda, uma das cidades que registrou. Pra mim, o pior é que isso é verdade. Pra quem quiser ver mais: http://www.andrevieira.com/

Os dois reclamaram bastante sobre a falta de espaço para o tipo de material que criam na mídia brasileira. Foi o tapa final na mídia falando sobre uma mesmice que existe nas publicações. Os dois produzem fotos sensacionais, ambos passaram pelo Iraque, um deles foi ao Afeganistão antes que o 11 de setembro mudasse a vida do mundo. Também foram ao Haiti pós terremoto. E podem ter certeza todo o material é muito bom. Talvez o espaço da página seja mais restrito, por isso, eles precisam é de parede (museu).

Já a tarde foi completa com um cara que trabalha e muito na mídia. Jonne Roriz contou um pouco sobre como foi a cobertura das consequências do terremoto no Haiti para o Estado de São Paulo. Pelo que ele contou a cobertura rolou com muita liberdade e confiança do jornal nele, o que é importante. Ele mesmo disse que se sentiu mais acuado no Chile do que no Haiti. "No Chile foi bem mais complicado chegar", falou. O trabalho do cara é ótimo também.

Mas a lição do dia ficou com a fotógrafa Maureen Bisilliat. Inglesa que mais parece nascida no Brasil. Ela trabalhou na revista realidade e fotografou os índios do Xingu, os sertanejos de Guimarães Rosa, a Bahia de Jorge Amado e muitas outras coisas. Ouvir ela falar foi incrível e divertido. Busquem a entrevista dela no site: www.paratyemfoco.com.

Paraty é intenso. Tão intenso que em um dia parece que passou uma semana. Amanhã conto mais sobre sexta e sábado.

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